sexta-feira, 4 de maio de 2012


  Análise Crítica: Módulo Teoria Psicogenética Piagetiana

       Liriam Samejima Teixeira                RA:103084

                            Minha análise crítica será dividida em duas partes: a primeira sobre os estágios do desenvolvimento genético-cognitivo e a segunda, sobre a aprendizagem escolar.
<!--[if !supportLists]-->*     <!--[endif]-->Nos estágios do desenvolvimento genético-cognitivo explicitarei minha opinião por meio de exemplos, nos quais me baseei na convivência com minha prima Kauanny, hoje com 6 anos de idade e também na minha infância.

        Período Sensório-Motor:

        Do nascimento aos 2 anos, aproximadamente.
                 A característica deste período é a inteligência trabalhada através das percepções (simbólico) e das ações (motor) por meio dos deslocamentos do próprio corpo. Ao meu ver, o contato com o meio é direto. Exemplo:   O bebê “pega” o que está em sua mão; "mama" o que é posto em sua boca; "vê" o que está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objeto, pegá-lo e levá-lo a boca.  Entretanto, um fator notável é o reconhecimento por meio dos sentidos. No colo do pai, ele sente um cheiro diferente do cheiro da mãe, assim como a pele e o jeito de segurar também são diferentes. É através dos sentidos que ele percebe a diferença. Desde muito cedo, com meses de idade, era evidente que minha priminha já tinha percepção, quando sua mãe se dirigia à ela sorrindo, a Kauannny sorria. Ao ver a mamãe sorrir mais, ela também sorria mais.
                               Quanto à ecolalia (repetição de sílabas) e à palavra-frase também eram evidentes. Por exemplo, minha prima com mais ou menos um ano dizia “goga” ao invés de água. Para ela estava claro que “goga” era água e ponto final; ficava até nervosa se não entendíamos (daí o egocentrismo). Já mais velha, dizia “água” para substituir “quero beber água”.

   Período pré-operatório ou Simbólico ou Intuitivo:

                   Dos 2 anos aos 7 anos, aproximadamente. É o período da fantasia, do faz de conta, do jogo simbólico. A Kauanny  transformava um objeto numa satisfação de seu prazer (o chinelo como o carro da Barbie). Ela também dava “alma” (animismo) aos objetos ("a boneca está dodói"). Agora ela está na fase dos porquês. Segundo a teoria piagetiana, a criança distingue a fantasia do real, podendo dramatizar a fantasia sem que acredite nela. Neste ponto descordo em partes, porque lembro que com 4 anos, eu ainda acreditava em Papai Noel e era mágico meus pais dizendo que o Velhinho tinha deixado os presentes e fugido pela janela. Lembro dos meus pais dizendo: “Olha lá Liriam, ele indo embora!” No entanto, as crianças realmente dramatizam. Presenciei várias imitações como: ela se fazendo de ursinho Pooh para tomar mel.


  
   Período Operatório Concreto:

                 Dos 7 anos aos 11 /12 anos, aproximadamente. Já é capaz de ordenar elementos por seu tamanho(grandeza), organizando o mundo de forma lógica ou operatória. Lembro de minha irmã perguntando:”Liriam, se você tem 1kg de pena e 1kg de chumbo, qual pesa mais?” Minha resposta imediata foi o chumbo. Depois ela me explicou as grandezas e logo compreendi.

  Período Operatório Lógico Formal ou Abstrato:

                Agora a criança é capaz de pensar logicamente, formular hipóteses e buscar soluções.   Em outras palavras, as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas.  
                            Exemplos: Se lhe pedem para analisar um provérbio como "Mais vale um pássaro na mão do que dois voando", a criança trabalha com a lógica da idéia (metáfora) e não com a imagem de um pássaro na mão e dois pássaros realmente voando.

                            Apesar de muitos fatores serem comuns, é importante salientar que as teorias dos estágios do desenvolvimento foram baseadas em uma época diferente da atual. Assim sendo, há muitas diferenças com relação ao aprendizado. Hoje, com os meios de comunicação e com o acesso a gama de informações, a criança tem sua capacidade de desenvolver raciocínio e linguagem precocemente. Desta forma, os indivíduos se desenvolvem intelectualmente a partir de exercícios e estímulos oferecidos pelo meio que os cercam. Daí pode-se fazer analogia com o pensamento piagetiano sobre a inteligência, que seria um mecanismo de adaptação do organismo a uma situação nova.

<!--[if !supportLists]-->*                 <!--[endif]-->Aprendizagem escolar

                           Piaget defende um ensino construtivista, que é contrastante com o ensino tradicional. Cada método tem seus pontos positivos. Portanto, vejo que mesclar os métodos seria uma alternativa eficiente de ensino. Por exemplo, o professor poderia transmitir o conhecimento dos livros e seguir um currículo, mas daria espaço ao aluno para expor suas próprias opiniões e soluções de problemas. É importante que o professor seja um guia e ajude quando necessário, estimulando o raciocínio, a percepção do aluno. É de extrema valia a relação mútua de troca de conhecimentos e respeito aluno-professor. Além disso, o mestre tem a capacidade de expor o que quer ensinar, sem ser autoritário. Portanto, o educando não precisa necessariamente ditar as regras.
               Um fator essencial é a correção de erros do aluno e explicar a maneira correta. Caso isso não ocorra, torna-se complicado a percepção do que é dito como formal. Por exemplo, escrever hipopótamo com “i” ou dizer que 2x6 = 40. São erros que se explicados corretamente, farão com que o aprendiz compreenda e não cometa tais erros novamente. Logo, descordo do “erro construtivo” de Piaget.
                           Em suma, vejo grande importância na figura do professor como um mediador do saber que partilhará seu conhecimento e também aprenderá com seus alunos. 

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