quinta-feira, 3 de maio de 2012

Análise Crítica: Modelo Piagetiano

Análise Crítica: Modelo piagetiano, educação pública e o ensino da matemática.
João Paulo Morais de Campos RA: 119631
Grupo: Ensino e Aprendizagem

Hoje, no mundo totalmente tecnológico, a educação pública (especialmente nos ensinos fundamental e médio) não está correspondendo com o desenvolvimento do Estado e do país. Estamos numa realidade em que crianças com três ou quatro anos já demonstra um pouco de domínio na manipulação de um instrumento tecnológico como, por exemplo, o computador, ou celular. Quando esta criança cresce, atingindo uma idade para entrar na escola (coisa de 7 anos (6º ano do ensino fundamental), ele se depara com um mundo diferente).
As escolas hoje parecem presídios com crianças que são obrigadas a cumprir uma pena: ficar cinco horas ouvindo os professores (que antigamente eram respeitados e hoje não significam nada para a sociedade). Não conseguem se adaptar com o mesmo cenário: lousa e teoria (agora falando num contexto matemático). Hoje eles não têm o essencial que Piaget diz em seu modelo, que é poder de assimilação, a criança no início consegue ter esse poder de assimilar, por exemplo, a voz da mãe, quando ele ouve a voz, ele automaticamente ela já sabe que é a mãe.
Piaget também afirma que o conhecimento é gerado através de uma interação do sujeito com seu meio, a partir de estruturas existentes no sujeito.
O homem não nasce inteligente, mas também não é passivo sob influência do meio, isto é, ele responde aos estímulos externos agindo sobre eles para construir e organizar o seu próprio conhecimento, de forma cada vez mais elaborada.
No caso da criança e a tecnologia, ela possui um conhecimento mais elaborado de internet, de como fazer uma conta no e-mail, do que aprender matemática. Daí pode estabelecer uma relação professor-aluno: se o aluno não consegue aprender matemática, o professor está ensinando equivocadamente com técnicas que não consegue convencer o aluno a gostar de matemática?
Numa questão de ensino e aprendizagem Vygotsky afirma que se o aluno não consegue aprender, se dá ao fato que o professor esteja ensinando de um modo que só ele entenda, mas não o aluno.
No ensino da matemática é muito difícil uma grande parte dos alunos com interesse, porque não é nada atrativo para eles lousa, giz e teoria que eles perguntam: “Pra quê eu vou utilizar equações, se consigo viver sem elas?”. Para o aluno a matemática se torna interessante em dois assuntos: nota e dinheiro.
Hoje, principalmente nas escolas públicas, os professores afirmam que a teoria ou modelo piagetiano não se enquadra nos padrões da sociedade de hoje, se tratando do 6º ano do ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio. Pois a realidade de Piaget foi totalmente diferente da realidade de hoje e que hoje são poucos que tentam atualizar ou melhorar o “construtivismo”.
O que não pode ser negado é o fato de que Piaget afirma que na aquisição de conhecimentos, o ser humano, segundo ele, adota dois procedimentos: a assimilação e a acomodação. Estes dois processos buscam novamente estabelecer um equilíbrio mental perturbado pelo contato com um dado incompatível com aquilo que se conhece até então (princípio de equilibração).
Do ponto de vista educacional-matemático, hoje os adolescentes e os jovens possuem um problema que Piaget prega: assimilação e acomodação. Hoje estes adolescentes e jovens vêm com uma dificuldade enorme de assimilação, abstração algo ou número, que na escala de Piaget, este indivíduo já possui conquistou a assimilação, coisa que não acontece hoje.
É uma geração copista, querem tudo na mão, um alto teor de preguiça e se sentem incapacitados de resolverem as adversidades.
O que realmente precisa ser feito é um estudo para contextualizar os ensinamentos de Piaget para que possam apontar soluções para esses alunos, tanto os de inclusão quanto os de “déficit de inteligência”. Para que possamos melhorar um pouco a educação pública.

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