sexta-feira, 4 de maio de 2012

Análisa Crítica Piaget



Luciene Silva dos Santos RA 094086


É Errando Que Se Aprende, esta é a frase que para mim define o que Piaget prega em sua busca pela essência do desenvolvimento da inteligência. E como todo bom biólogo e ele vê este processo como uma evolução gradativa. Para Piaget essa “evolução/desenvolvimento” da inteligência é dividida em períodos de desenvolvimento de acordo com a idade o indivíduo, onde cada etapa se adquire novos conhecimentos ou estratégias de sobrevivência para compreender e interpretar seu meio, sua realidade. E estes períodos de desenvolvimento só serão superados fazendo com que o individuo possa “evoluir” para etapa seguinte quando houver um domínio ao nível de uma familiaridade tão grande que leva o individuo a uma acomodação da sua etapa atual e ele passa então a buscar de novos conhecimentos/estratégias de sobrevivência utilizando seu “conhecimento de bagagem” como ferramenta para a próxima etapa. E isso é de fundamental importância para que os professores possam também compreender com quem estão trabalhando.  Já que a criança tenta continuamente adaptar os novos estímulos aos esquemas que ela possui até aquele momento.
Vamos conhecer um pouco melhor cada Estágio Cognitivos segundo Piaget:
Sensório-motor (0-2anos):
A partir de reflexos neurológicos básicos, o bebê começa a construir esquema de ação para assimilar mentalmente o meio. Também é marcado pela construção prática das noções de objeto, espaço, casualidade e tempo.
Exemplo Sensório-motor :
O bebê pega o que está em sua mão; "mama" o que é posto em sua boca; "vê" o que está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objeto, pega-lo e levá-lo a boca.
Pré- operatório: (2-7 anos):
É nesta fase que surge, na criança, a capacidade de substituir um objeto ou acontecimento por uma representação, e esta substituição é possível. Assim também este estágio é muito conhecido como o estágio da Inteligência Simbólica.
A criança deste estágio:
* É egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se colocar, abstratamente, no lugar do outro.
* Não aceita a ideia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é fase dos "por quês").
* Já pode agir por simulação, "como se".
* Deixa de levar pela aparência sem relacionar fatos.
Exemplo Pré-operatório:
Mostram- se para a criança, duas bolinhas de massa iguais e dá-se a uma delas a forma de salsicha. A criança nega que a quantidade de massa continue igual, pois as formas são diferentes. Não relaciona as situações.
Operatório-Concreto(7-11/12 anos):  Este estágio a criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade. Sendo então capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Apesar de não se limitar mais a uma representação imediata, depende do mundo concreto para abstrair.
Exemplo Operatório-concreto:
Despeja-se a água de dois copos em outros, de formatos diferentes, para que a criança diga se as quantidades continuam iguais, A resposta é afirmativa uma vez que a criança já diferencia aspectos e é capaz de "refazer" a ação.
Operatório-formal (11/12 em diante):
É neste momento que as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento. A representação agora permite à criança uma abstração total, não se limitando mais à representação imediata e nem às relações previamente existente. Agora a criança é capaz de pensar logicamente, formular hipóteses e buscar soluções, sem depender mais só da observação da realidade
Exemplo Operatório-formal:
Se lhe pedem para analisar um provérbio como "de grão em grão, a galinha enche o papo", a criança trabalha com a lógica (metáfora) e não a imagem de uma galinha comendo grãos.
Pois bem, que me intriga desta geração Darwin, digo, deste esquema gradativo é a sua separação feita por idades, a capacidade de um individuo tomar uma decisão, corrigir uma meta, buscar novas “estratégias de sobrevivência” não pode ser limitada por faixas etárias. Sempre haverá um vazio a ser preenchido se não houver um estímulo, uma ação que seja capaz de tirar o individuo de seu estado de conforto, a idade nem sempre respeita este desenvolvimento. E este é o principal desafio das escolas, em especial as publicas que aderiram “progressão-continuada” no qual passamos para próxima etapa indivíduos que ainda não estão completos, mas que têm a idade para estar. É difícil criar uma situação-problema para alguém que se encontra  no seu estado de conforto cuja solução ou não deste problema não o afetará .Temos que desequilibrar os alunos como um todo e não deixar ninguém para trás pois o vazio só aumentará ao decorrer das fases. Falo isso na visão de aluna que veio de uma escola pública onde a maioria dos professores obrigavam os alunos a decorar - inclusive as vírgulas- as respostas dos livros. E não estimulavam provocando a curiosidade, dúvida ou qualquer coisa que fizesse como que o aluno desequilibrasse do seu estado de conforto. Portanto as teorias de  Piaget só são validas se o educador for capaz de desequilibrar todos os alunos, mesmo que para isso ele tenha que tomar medidas individuais. Estimular o pensar e analisar os erros são as melhores formar de construir a inteligência criativa, a descoberta pelo próprio aluno e abolir a decoração e o aceitamento sem condições de criticas.

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