sexta-feira, 4 de maio de 2012

Análise Crítica – Módulo Jean Piaget
Natália Camargo Gomes – RA:118227

Jean Piaget aparece como um nome de grande importância na área da psicologia da educação, dedicando-se muito à observação do comportamento infantil e,a partir disto, desenvolveu estudos no que denominou de epistemologia genética.
A abordagem com as crianças foi feita através do método clínico, que baseia-se em manter um diálogo aberto com as mesmas, não sendo necessário perguntas e respotas direcionadas a um padrão, representando grande flexibilidade na análise de cada indivíduo; pode-se dizer que consiste em um método com mais liberdade.
Com suas descobertas, Piaget conseguiu demonstrar que há uma limitação na transmissão de conhecimentos, pois não é possível esperar que uma criança aprenda algo que ela ainda não tenha condições de absorver; mesmo se existissem essas condições, não haveria interesse. Nesse aspecto deveria haver concordância com Piaget, pois é algo evidente até o tempo presente, principalmente em ambientes escolares, e até mesmo familiares.
Nessa discussão, assume-se, por Piaget, que através de suas próprias descobertas, a criança adquire conhecimento, o que viabiliza a construção de um aprendizado autônomo, chegando à idéia do construtivismo.
Com o estímulo à procura de conhecimento, provoca-se a atividade, e aos poucos desenvolve-se o que pode ser denominado de maturidade psicológica, utilizando mecanismos como a assimilação e a acomodação; nestes primeiramente assimila-se estruturas exteriores a esquemas já existentes na mente e depois há uma assimilação da idéia. Seguindo a corrente construtivista, Piaget apresentou corretamente como é construído o conhecimento pelas crianças.
Outro conceito que é alicerce da teoria piagetiana são os estágios de desenvolvimento congnitivo, através dos quais a criança vai perdendo gradualmente seu egocentrismo, conforme vai amadurecendo seus pensamentos e adquirindo raciocínio lógico. Isto é parte essencial dos estudos de epistemologia genética, e é importante pois somente assim há um desenvolvimento da moral, através de uma noção de responsabilidade individual.
O primeiro estágio de desenvolvimento é o sensório-motor, que vai até os dois anos de idade, quando somente demonstra-se reações básicas para ações prazerosas ou vantajosas, além do desenvolvimento da percepção do eu e dos objetos ao redor.
A partir do dois até os sete anos de idades, no estágio pré-operacional, vai surgindo a capacidade de dominar a linguagem e representar as coisas através de símbolos; o egocentrismo ainda está presente, não permitindo que a criança, por exemplo, coloque-se no lugar de outra pessoa.
Quando o conceito de reversabilidade das ações é adquirido, trata-se do estágio das operções concretas (dos 7 aos 12 anos), dando início ao pensamento lógico à habilidade de perceber as similaridades e diferenças entre objetos, além do domínio de tempo e número.
Por fim, perto dos doze anos de idade, começa o estágio das operações formais, quando é marcada a entrada na idade adulta, falando-se em termos cognitivos. Há o total domínio do pensamento lógico e dedutivo, quando os adolescentes estão hábeis à experimentação mental, relacionando conceitos abstratos e formulando o raciocínio sobre hipóteses.
Sobre os estágios de desenvolvimento, pode-se dizer que foi de grande auxílio para os estudos na área da psicologia da educação, não ao estabelecer uma padronização no desenvolvimento de todas as crianças, pois existem, por exemplo, as que possuem necessidades especiais e não se encaixam nesse processo; mas foi base  para os estudos do desenvolvimento infantil ao fornecer referências básicas e características de cada idade.
Piaget tem sido duramente criticado, principalmente nos tempos atuais, mas não deve ser descartada sua importância para os estudos na área da educação; seus conceitos podem e devem ser utilizados em certos contextos. Pode-se dzer que esse módulo sobre Jean Piaget foi uma pequena introdução, mas foi muito interessante e agregou bastante conhecimento.

Bibliografia:
MATOS, H.A.V., Sobre a teoria piagetiana, Mímeo, 1998.

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