sexta-feira, 4 de maio de 2012

Análisa Crítica Piaget


ANÁLISE CRÍTICA: PIAGET
Amanda Nunes Rabello (turma J) 080589

Para enterdermos melhor a teoria Piagetiana precisamos considerar a contextualização histórica na qual Piaget estava inserido. Sendo formado em biologia seu pensamento foi embasado no estudo do conhecimento através do desenvolvimento biológico do ser humano.
Piaget criou o conceito de Epistemologia Genética, dividindo o desenvolvimento do conhecimento em quatro estágios, baseados na maturidade biológica do indivíduo: sensório-motor (de zero a dois anos); pré-operatório (de dois a sete anos); operatório concreto (de sete a 11 anos) e operatório formal (de 11 a 15 anos).  Diferente do que pensava Piaget, acredito que além dos saltos horizontais, encontramos também saltos verticais entre os estágios. Pois além da maturidade biológica do indivíduo, há também os estímulos aos quais cada um está exposto.
Jean Piaget foi contra o apriorismo, que é a ideia que o indivíduo já tem o conhecimento em si; e contra o impirismo, no qual o conhecimento está pronto no meio. Criando o conceito de interacionismo, ou seja, a criança aprende através de suas ações e interações com o meio, o que a torna um ser ativo e pensante. Porém para o sujeito ser ativo, é preciso criar nele a necessidade de aprender. Acho fundamental que Piaget tenha dado importância ao estímulo que cada criança recebe dos indivíduos com as quais ela interage, colocando-os no papel de facilitadores do desenvolvimento cognitivo das mesmas.
Piaget admite a importância do meio no desenvolvimento da inteligência, colocando-o como objeto de conhecimento necessário para que o sujeito seja capaz de assimilar para que assim consiga criar estruturas que posteriormente possam ser incorporadas (acomodação) e reestruturadas novamente caso necessário. Porém, o foco de estudos do mesmo recaem sobre o sujeito, passando a impressão de que o meio não influencia em praticamente nada nesse processo. Entendo que Piaget em alguns momentos de sua obra tenta mostrar a importância do meio, mas acredito que ele poderia ter dividido mais o foco de sua análise, pois o sujeito está sob influência da cultura do meio onde está inserido, o que influencia em seu processo processo de adaptação.
Em toda sua obra Piaget tem como objetivo explicar como a inteligência é desenvolvida, em certo momento, porém, percebe que é impossível pensar na aprendizagem sem pensar no juízo moral e na afetividade, já que a moralidade tem relação direta com a afetividade que baliza a cognição.
Podemos perceber a presença da afetividade no processo de aprendizagem desde o início, quando a criança segue regras por medo da repreensão ou por amor, em seguida ela entende os princípios que regem as regras. A partir de então dá-se início à formação da moralidade, quando o indivíduo começa a entender os princípios e os valores de cada regra. Piaget apresenta então dois novos conceitos para pensarmos, o equacionamento moral, que é hierarquizar os dilemas morais para tomar decisões; e a sensibilidade moral, perceber o implícito, que só é possível quando o sujeito tem experiência de respeito mútuo e cooperação.
Após analisar parte da obra de Piaget, é possível perceber a importância da relação horizontal entre adulto e criança, entendo que a cooperação permite um desenvolvimento moral maior no indivíduo, e que há consequentemente uma relação de confiança entre aluno-professor/pais-filho, que influenciam no processo de ensino-aprendigem. Mas acho importante não excluirmos completamente a forma de coação, pois em alguns momentos é necessário uma conduta unilateral.

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