Análise Crítica: Vygotsky & Wallon

Danilo Jorge de Marco
RA: 104793



          Neste momento, utilizaremos de uma síntese do conteúdo estudado na disciplina sobre Lev Vygotsky e Henri Wallon para posteriormente criar uma análise crítica sobre suas abordagens, e ainda compará-los apontando semelhanças e divergências em suas práticas.
          De acordo com Vygotsky - e já utilizando de uma abordagem diferente da até então observada nos estudos de Jean Piaget -, o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais e condições de vida. Partindo dessa premissa, Vygostky desenvolve o conceito da Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP).
          Dentro desse conceito, temos 2 parâmetros: os níveis de desenvolvimento real e os níves de desenvolvimento potencial que são, respectivamente, o desenvolvimento ja alcançado pela criança, sendo esta capaz de realizar a função sem a ajuda de terceiros, e a função realizada ainda com a ajuda de terceiros.
          Os estudos de Wallon - embora este não tenha apresentado uma teoria pedagógica -, apontam em alguns pontos textos direcionados à educação, falando sobre educação explícita/educação implícita, partindo da psicogenética e da atuação como professor.
          Em seus estudos psicológicos, Wallon realiza uma análise elaborada, abordando aspectos afetivos, motores e cognitivos. Para ele, cabe ao educador reconhecer em qual etapa do desenvolvimento encontra-se a criança e o que fazer para que esta se adapte ao meio escolar.
          Quando tentamos apontar semelhanças entre os estudos de Vygotsky e Wallon, observamos que ambos partem da busca da compreensão comportamental da infância do indivíduo, procurando entender o desenvolvimento a partir da origem do ser. Contudo, as ideias se divergem quando atentamos a forma como o indivíduo se desenvolve. Para Vygotsky, a cultura e a relação social são as chaves para o desenvolvimento do ser; para Wallon, ocorre uma alternância entre fases afetivas e fases cognitivas (predominância funcional).